sexta-feira, 26 de junho de 2009

As ideias que vêm nas férias

De férias há duas semanas, estou com a minha cabeça livre durante boa parte do dia para pensar em várias coisas que às vezes não dá tempo quando se trabalha muito.

De luto pelo diploma

Durante as minhas férias, o meu diploma morreu. Não é mais tão valorizado e nem faz mais tanto sentido. Eu sempre quis fazer jornalismo porque achei que poderia publicar irregularidades e injustiças. Ledo engano, ou visão muito romântica e até adolescente da vida de jornalista. Hoje, eu sei que os textos que eu considero ideais muitas vezes serão mudados, por clientes ou editores, e que muitas vezes vou escrever sobre coisas que não têm nada a ver comigo. Esta é a arte de transformar o texto para o público que vai ler.

Um jornalista tem que ter muito preparo, pois qualquer erro pode ser fatal. Muitas pessoas vão ler o texto e muitas podem não concordar com o que está escrito, ou pior, o jornalista despreparado pode cometer erros grosseiros como errar o nome de uma fonte ou publicar alguma informação sem ter a confirmação do fato. O nosso diploma era a nossa garantia de um piso, de uma profissão séria. Agora que ele não é mais exigido por lei, os critérios de salário não serão mais os mesmos, e o piso, que já era baixo, poderá ficar mais baixo ainda.

Eu fico imaginando a tristeza das pessoas que estão cursando jornalismo, prestes a receber o diploma. O que motivaria uma pessoa a se formar sabendo que o diploma acabou de ser consideravelmente desvalorizado?

Eu fiquei muito triste com esta decisão, porém tenho que ficar aliviada com uma coisa: com essa, com certeza meus filhos não vão querer ser jornalistas! SEM explicação!




O filme para a ocasião

Já que o assunto que mais está na minha cabeça durante as minhas férias é a minha profissão, o filme também teria que ser sobre ela. A Primeira Página, de Billy Wilder, com Jack Lemmon e Walter Matthau, de 1974, é um filme muito divertido e que conta a história de um jornalista que pede demissão no mesmo dia em que a história que ele estava cobrindo teria seu desfecho. Com muitos diálogos espirituosos, é muito interessante ver o quão diferente era ser jornalista nos anos 40 e ser agora. Antigamente, se o jornalista tinha que cobrir algum evento na rua e se a notícia fosse muito boa, ele deveria ligar para o jornal, chamar um redator e ditar o texto. Hoje, temos a santa internet e o bendito seja Google. Temos mais ferramentas para conseguir informações e mais agilidade para mandá-las, pena que nosso diploma morreu.


A música para a ocasião

A primeira lembrança que eu tenho dele foi um Long Play que a Clá tinha. Lembro também de dançar alguns dos seus hits nas pistas da SAAS. Mas tenho que confessar, apesar de ser muito fã das músicas do Thriller e do Of the wall, sou mais fã ainda do Jackson Five. Então a música para a ocasião: (http://www.youtube.com/watch?v=VfJu_Bom2sA)



When I had you to myself
I didnt want you around
Those pretty faces always made you
Stand out in a crowd
Then someone picked you from the bunch
One glance was all it tookNow its much too late for meTo take second look

(chorus)
Oh baby give me one more chance
To show you that I love youWont you please send me back in your heart
Oh darlin I was blind to let you go
But now since I see you in his armsI
want you backYes I do now
I want you backOo oo babyYeah yeah....naw....

Trying to live without your love
Is one long sleepless night
Let me show you girl
That I know wrong from right
Every street you walk onI leave tear stains on the ground
Following the girlI didnt even want around

(chorus)
Abuh buh buh buhAll
I want!Abuh buh buh buh
All I need!Abuh buh buh buh.....

domingo, 7 de junho de 2009

O romantismo e a pieguice


Muitas das minhas amigas dizem que eu sou a última romântica, e ser romântico hoje em dia é meio complicado, a linha entre a pieguice (leia-se também breguice) e o romantismo é muito tênue. Casar na igreja para maioria é uma tradição dos tempos da mãe ou até da avó. No meu caso, posso dizer que acho mais divertido ser assim. Gosto de ver comédias românticas dos anos 40 e 50, com a Katherine Hepburn, tipo a Costela de Adão e a Mulher do Dia. São filmes leves, que sempre tem um final feliz e um humor irônico.

Eu também gosto de ouvir musiquinhas de mulher de vez em quando, como Marisa Monte, mas é claro que o rock and roll do Sex Pistols é necessário, assim como o romantismo. Uma vez eu estava indo para o trabalho e ouvi a música Illusion, que é um dueto da cantora mexicana Julieta Venegas com a Marisa Monte. Bah, cheguei no trabalho e fiquei com a música na cabeça. Procurei a música no Google e passei o resto do dia, e da semana, cantando. O Zé não aguentava mais. Ser romântico é sempre ter uma visão otimista das coisas (às vezes até meio ingênua), mas ter essa visão otimista, pode acreditar, é mais divertido. Mas muitos coraçãozinhos e Beatles irritam as pessoas que acham que o mundo não é cor de rosa e essa coisa melosa não é real.

Eu li um texto em que a autora, que tem 20 e poucos anos, disse que dia desses teve um ataque de mulherzinha e decidiu fazer um novo corte de cabelo e começar a fazer exercícios. Aí eu respondi perguntado se ela achava que as mulheres tinham este tipo de ataque, pois sentem mais necessidade de estarem de bem consigo mesmas, querem agradar o namorado ou ainda ser melhor que as outras mulheres? Complexo né...
Eu acho que é um pouco de tudo e toda mulher tem. Atenção: este texto pode ter apresentado algumas referências extremamente piegas, mas eu avisei: ser romântico é complicado, pode parecer cafonice.