Aí vai uma dica para iniciar 2010 com o pé direito: organize-se. Para contribuir com a organização dos amigos, segue um texto que escrevi para divulgar o trabalho de duas profissionais muito legais.
Que tal iniciar 2010 com tudo organizado?
É cada vez maior o número de profissões novas que surgem no Brasil. Por ser um país em pleno desenvolvimento e com profissionais que buscam cada vez mais qualificação, a criatividade reina em todos os setores. Uma destas profissões, e que é a cara dos anos 2000, é o personal organizer. Trata-se de um profissional especializado em organizar um ambiente de acordo com a rotina, hábitos e desejos da pessoa que usufrui o espaço. “O personal organizer tem a função de facilitar o dia-a-dia do cliente e fazer com que ele ache o que deseja em poucos segundos. Encontramos soluções de organização sempre respeitando as necessidades e o estilo de vida dos clientes”, explica a personal organizer Adriana Baptista.
Ela afirma que qualquer ambiente de uma casa pode ser organizado por esse tipo de profissional, como: armários, closets, roupeiros, cozinhas, despensas, banheiros, home offices, estantes de livros, documentos, fotografias, CDs, DVDs ou qualquer tipo de coleção. “Trabalhamos também com o planejamento e organização de mudanças e a organização de casa de praia e serra”, completa Adriana.
O personal organizer surgiu há mais de 10 anos, nos Estados Unidos, com Barry Izsak. Ele percebeu a dificuldade que as pessoas tinham para organizarem suas casas por falta de tempo e muitas vezes por não saber como fazer isso. Adriana, que é gaúcha de Porto Alegre (RS), mas atualmente mora em Niterói (RJ), conheceu a profissão quando morou nos Estados Unidos. “Gostei da ideia. Passei a estudar e aplicar as regras e dicas em minha própria casa. Sempre gostei de ter as coisas em ordem, mas não pensava em fazer isso profissionalmente. Até que conheci minha sócia, Andreia Magagnim Oliveira, em maio deste ano. Ela estava entrando no ramo quando nos conhecemos, resolvemos juntar nossas experiências e passamos a oferecer nossos serviços profissionalmente. Fizemos cursos de atualização e muitas pesquisas para proporcionar a nossos clientes a melhor solução para suas dificuldades”, conta Adriana.
Adriana e Andreia acreditam que todas as experiências que já tiveram foram positivas. “Conhecemos pessoas incríveis, com as quais sempre aprendemos coisas novas. Usamos ideias de uns para facilitar a vida de outros. É uma troca muito gratificante. O que nos satisfaz é ver as pessoas felizes ao verem suas coisas arrumadas”, declara Andreia.
Quando o serviço é solicitado, o primeiro passo de um personal organizer é fazer uma visita para realizar uma avaliação do espaço e dos itens a serem organizados. “Observamos quais os produtos organizadores que serão necessários, como por exemplo caixas, divisórias e pastas. Estimamos o tempo que levaremos para realizar o serviço e depois é só marcar o dia, arregaçar as mangas e trabalhar”, explica Adriana.
Quando questionadas sobre os benefícios que a sua atividade pode trazer aos clientes, elas são cheias de argumentos: “Nosso trabalho ajuda a manter a casa organizada, facilita o dia-a-dia, pois deixa as tarefas rotineiras mais fáceis e práticas de serem realizadas. Torna a convivência com os pertences mais agradável e demonstra que seu tempo dentro de casa pode ser mais prazeroso quando as coisas estão em seus devidos lugares. Deixamos o cliente com tempo mais livre para aproveitar da maneira que preferir e isso reflete diretamente na qualidade de vida das pessoas”, assegura Andreia.
Mais informações com Adriana Baptista: (21) 9919 1424
P.S- Adriana e Andreia moram em Niterói, mas atendem no Rio Grande do Sul também.
Pela foto, dá para ter uma ideia da organização!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Madonita na Tv!
Para comemorar a estreia do show da Madonna turnê Sticky and Sweet na TV, resolvi escrever um texto sobre o acontecido. Saímos (O Zé, a Clá e eu) de Porto Alegre em uma sexta-feira com muitas expectativas: estávamos indo para uma das cidades que mais gostávamos, Buenos Aires, íamos ver o show da rainha do Pop, com a certeza de que seria uma superprodução, um deleite para os olhos e ouvidos. Já no voo fizemos amizade com três amigos gays (a grande maioria do público da Madonna) e com eles jogamos stop até chegar na capital porteña.
No sábado, a primeira coisa que fizemos foi buscar os ingressos que compramos pela internet. Feito isso, aproveitamos o dia no Palermo Viejo (meu lugar preferido de Buenos Aires)! Ficamos em um hotel que parecia muito bom, o único problema é que o ar condicionado do nosso quarto não estava funcionando. Ligamos para a recepção antes de sairmos para jantar no Puerto Madero, e eles enviaram um técnico que não conseguiu arrumar, mas ficou a promessa de que ele voltaria e daria um jeito enquanto estivéssemos jantando. Quando voltamos, o ar ainda não funcionava, mas estávamos tão cansados e ansiosos para o show que estava por vir no dia seguinte que deixamos por isso mesmo.
(ruela de Palermo Viejo)
Na manhã de domingo, eu estava no quarto com a Clá me arrumando para irmos à Boca e o Zé estava na sala de internet do hotel. Era o grande dia do show. Pensei na melhor roupa para se assistir a um show e em um sapato confortável (confesso que fui com um sapatinho confortável, mas levei uma sandália plataforma na bolsinha para enxergar tudo!! Rá rá rá).
A tristeza veio na hora de pegar os ingressos que eu tinha guardado na mala, mesmo com a Clá aconselhando a guardar no cofre! Não estavam lá. Minutos de choque e de “isso não está acontecendo comigo”. A Clá e eu fomos chamar o Zé, descemos até a recepção do Hotel, mas a recepcionista foi uma niña de mierda e só faltou rir da nossa cara (coisa que bem na verdade ela fez, discretamente). O gerente veio falar conosco, mas foi tudo em vão. Eles alegaram que nós não tínhamos como provar que o roubo tinha acontecido no Hotel. Para nós ficou claro que o moço que foi arrumar o ar condicionado era fã da Madonna, se é que vocês me entendem.
Saímos do hotel direto para a delegacia. Fizemos uma ocorrência e fomos no lugar onde buscamos os ingressos, com a esperança que eles cancelassem os que foram roubados e nos dessem novos. Chagando lá nos falaram que isso não poderia ser feito e que os ingressos para a pista estavam esgotados, agora só área VIP. Desânimo total.
Tão alegre que viemos e tão triste voltaremos. Não, não, esta história teve um final infeliz. Um casal de chilenos gente finíssima nos ofereceu um par de ingressos para a pista, por apenas 50 pesos a mais do preço original e salvaram a nossa viagem e o final desta história!!!!
De agora em diante, para quem não foi no show, tem que assistir hoje no Multishow, às 21h, porque só vendo dá para entender, e só estando lá para sentir a energia que ela passa, a emoção de ouvir Don´t Cry for me Argentina cantada por mais de 60 mil hermanos e de pular emocionada com a reinvenção de Like a Prayer e Border Line. Detalhe importante: o show do DVD foi gravado no dia em que estávamos lá!!!!!
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA: o nome de hotelzinho da recepcionista niña de mierda é Grand Boulevard Hotel, Bernardo de Irigoyen 432. Anotem para não ir.
No sábado, a primeira coisa que fizemos foi buscar os ingressos que compramos pela internet. Feito isso, aproveitamos o dia no Palermo Viejo (meu lugar preferido de Buenos Aires)! Ficamos em um hotel que parecia muito bom, o único problema é que o ar condicionado do nosso quarto não estava funcionando. Ligamos para a recepção antes de sairmos para jantar no Puerto Madero, e eles enviaram um técnico que não conseguiu arrumar, mas ficou a promessa de que ele voltaria e daria um jeito enquanto estivéssemos jantando. Quando voltamos, o ar ainda não funcionava, mas estávamos tão cansados e ansiosos para o show que estava por vir no dia seguinte que deixamos por isso mesmo.
(ruela de Palermo Viejo)
Na manhã de domingo, eu estava no quarto com a Clá me arrumando para irmos à Boca e o Zé estava na sala de internet do hotel. Era o grande dia do show. Pensei na melhor roupa para se assistir a um show e em um sapato confortável (confesso que fui com um sapatinho confortável, mas levei uma sandália plataforma na bolsinha para enxergar tudo!! Rá rá rá).
A tristeza veio na hora de pegar os ingressos que eu tinha guardado na mala, mesmo com a Clá aconselhando a guardar no cofre! Não estavam lá. Minutos de choque e de “isso não está acontecendo comigo”. A Clá e eu fomos chamar o Zé, descemos até a recepção do Hotel, mas a recepcionista foi uma niña de mierda e só faltou rir da nossa cara (coisa que bem na verdade ela fez, discretamente). O gerente veio falar conosco, mas foi tudo em vão. Eles alegaram que nós não tínhamos como provar que o roubo tinha acontecido no Hotel. Para nós ficou claro que o moço que foi arrumar o ar condicionado era fã da Madonna, se é que vocês me entendem.
Saímos do hotel direto para a delegacia. Fizemos uma ocorrência e fomos no lugar onde buscamos os ingressos, com a esperança que eles cancelassem os que foram roubados e nos dessem novos. Chagando lá nos falaram que isso não poderia ser feito e que os ingressos para a pista estavam esgotados, agora só área VIP. Desânimo total.
Tão alegre que viemos e tão triste voltaremos. Não, não, esta história teve um final infeliz. Um casal de chilenos gente finíssima nos ofereceu um par de ingressos para a pista, por apenas 50 pesos a mais do preço original e salvaram a nossa viagem e o final desta história!!!!
De agora em diante, para quem não foi no show, tem que assistir hoje no Multishow, às 21h, porque só vendo dá para entender, e só estando lá para sentir a energia que ela passa, a emoção de ouvir Don´t Cry for me Argentina cantada por mais de 60 mil hermanos e de pular emocionada com a reinvenção de Like a Prayer e Border Line. Detalhe importante: o show do DVD foi gravado no dia em que estávamos lá!!!!!
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA: o nome de hotelzinho da recepcionista niña de mierda é Grand Boulevard Hotel, Bernardo de Irigoyen 432. Anotem para não ir.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O retorno do Cavaleiro do Templo
Como eu havia comentado no último post, estou fazendo a divilgação de um livro muito bacana, de um autor gente finíssima. Dêem uma olhada no texto de divulgação e, se interessarem, apareçam amanhã (12/9) às 19h39, na Livraria Cultura, para o lançamento do livro.
O retorno do Cavaleiro do Templo
Após o lançamento do volume I, ‘O Cavaleiro do Templo’ retorna com a primeira cruzada, os cavaleiros da Távola Redonda e o surgimento da literatura ocidental.
O autor gaúcho Sérgio Luiz Gallina autografa neste sábado (12/09), às 19h30, na Livraria Cultura, no Shopping Bourbon Country (Av. Túlio De Rose, 100), o segundo volume de ‘O Cavaleiro do Templo’, série de quatro romances que narra a trajetória de uma família na Idade Média, uma época em que, à exceção do clero, as pessoas são analfabetas. Por um capricho do destino, acabam tornando-se eruditos, mas ao mesmo tempo convivem num mundo de ignorância, e é a partir desse choque que passarão a questionar a sociedade e seus valores. Anna da Bretanha, a matriarca, cresce em um convento, lê, torna-se questionadora e ensina filosofia a seus dois filhos, Joanna e Oskar . Este começa a descobrir o mundo e, a partir daí, ter uma visão mais crítica do universo que o cerca – a religião, a história, a filosofia. Joanna, por sua vez, é mais voltada aos costumes, ao ambiente e às relações de seu tempo. “O livro busca aproximar o leitor da história através do romance”, destaca o autor.
A obra
Enquanto o volume I (lançado em 2008) trata de uma série de aspectos históricos de uma forma não-cronológica, o II segue a linha do tempo, o que permite que o leitor do volume anterior situe-se melhor na história. O primeiro volume apresenta a história e os personagens, e retrata a infância do cavaleiro do templo. Já o segundo narra a sua adolescência.
O livro II trata de assuntos como o Santo Graal e os cavaleiros da Távola Redonda (Rei Arthur), e se passa num período em que a literatura ocidental está surgindo e a burguesia começando a se emancipar. O mundo feudal entra em choque com o urbano e o comércio é reativado. A história da primeira cruzada, que termina com a conquista de Jerusalém, é contada em detalhes. Os menestréis, o teatro, as cortes medievais, paixão e sexo fazem parte do cenário.
O grande atrativo do Cavaleiro do Templo está nas referências históricas, curtas, que endossam o que está sendo tratado, citações que se encaixam perfeitamente no contexto do romance. “O livro está entre a ciência e a ficção. É exatamente nesse nicho que se encaixa: entre o acadêmico e o leigo”, explica Gallina. O autor completa: “À medida que o leitor vai lendo, vai adquirindo cada vez mais conhecimento.” Trata-se de uma história de 160 capítulos, divididos em quatro livros de 40 capítulos cada.
O autor
Em 1993, Sérgio Luiz Gallina estava na Feira do Livro e deparou-se com a obra ‘O Santo Graal e a Linhagem Sagrada’, de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln. Foi quando descobriu os templários (monges guerreiros). Em uma semana, leu o livro e encantou-se com a história. Começou a pesquisar o assunto e pensou em escrever um roteiro para um filme, mas logo percebeu que o espectro que tinha em mente era bem mais amplo. O projeto então passou a ser escrever um livro – logo depois, ampliado para uma trilogia –, e Gallina mergulhou na leitura do tema: foram mais de 100 livros. Também tornou-se membro da Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH), participou de encontros para estudar a Idade Média, e assistiu a inúmeros filmes (documentários e de ficção), o que tornou seu estudo eclético, fugindo do academicismo. A cada obra que lia, sublinhava as passagens que o interessava, passando os trechos assinalados depois para o computador. Com isso, juntou mais de 10 mil citações.
Quando começou a escrever, se deu conta de que a história não caberia em três livros. “Organizei minhas anotações por ordem cronológica: das 10 mil, 2 mil estão datadas, em ordem de tempo. Meu romance foi fundamentado em uma cronologia histórica, e as citações norteiam o leitor”. Dos 10 anos juntando bloquinhos e montes de papel e organizando tudo dia após dia, saíram dois bancos de dados: um com fatos históricos, outro com suas criações. “Mesclei as duas coisas e, a partir daí, construí a obra”.
Seminário
Para discutir os mais variados assuntos ligados à Idade Média, Gallina organizou o seminário ‘O Cavaleiro do Templo e a Idade Média’, com curadoria da maisQnada administração cultural e o apoio da Livraria Cultura. O evento acontece sempre na primeira quinta-feira de cada mês, às 19h30, no auditório da Livraria Cultura, com entrada franca.
Confira a programação:
- 01/out/2009: A Mulher na Idade Média - Professora Paulina Nólibos (ULBRA)
- 05/nov/2009: Arqueologia e a Idade Média - Professor Arno Kern (PUCRS)
- 03/dez/2009: O Cinema e a Idade Média - Professor José Baldissera (UNISINOS)
A música
E, para escutar músicas alusivas à Idade Média, algumas, inclusive, compostas na época, a Rádio Vinil (www.radiovinil.com.br) criou a Rádio d'O Cavaleiro do Templo. Para ouvir, basta acessar o link : http://radiovinil.softhost.com.br/tunein.php/cavelirodotemplo/playlist.asx
O retorno do Cavaleiro do Templo
Após o lançamento do volume I, ‘O Cavaleiro do Templo’ retorna com a primeira cruzada, os cavaleiros da Távola Redonda e o surgimento da literatura ocidental.
O autor gaúcho Sérgio Luiz Gallina autografa neste sábado (12/09), às 19h30, na Livraria Cultura, no Shopping Bourbon Country (Av. Túlio De Rose, 100), o segundo volume de ‘O Cavaleiro do Templo’, série de quatro romances que narra a trajetória de uma família na Idade Média, uma época em que, à exceção do clero, as pessoas são analfabetas. Por um capricho do destino, acabam tornando-se eruditos, mas ao mesmo tempo convivem num mundo de ignorância, e é a partir desse choque que passarão a questionar a sociedade e seus valores. Anna da Bretanha, a matriarca, cresce em um convento, lê, torna-se questionadora e ensina filosofia a seus dois filhos, Joanna e Oskar . Este começa a descobrir o mundo e, a partir daí, ter uma visão mais crítica do universo que o cerca – a religião, a história, a filosofia. Joanna, por sua vez, é mais voltada aos costumes, ao ambiente e às relações de seu tempo. “O livro busca aproximar o leitor da história através do romance”, destaca o autor.
A obra
Enquanto o volume I (lançado em 2008) trata de uma série de aspectos históricos de uma forma não-cronológica, o II segue a linha do tempo, o que permite que o leitor do volume anterior situe-se melhor na história. O primeiro volume apresenta a história e os personagens, e retrata a infância do cavaleiro do templo. Já o segundo narra a sua adolescência.
O livro II trata de assuntos como o Santo Graal e os cavaleiros da Távola Redonda (Rei Arthur), e se passa num período em que a literatura ocidental está surgindo e a burguesia começando a se emancipar. O mundo feudal entra em choque com o urbano e o comércio é reativado. A história da primeira cruzada, que termina com a conquista de Jerusalém, é contada em detalhes. Os menestréis, o teatro, as cortes medievais, paixão e sexo fazem parte do cenário.
O grande atrativo do Cavaleiro do Templo está nas referências históricas, curtas, que endossam o que está sendo tratado, citações que se encaixam perfeitamente no contexto do romance. “O livro está entre a ciência e a ficção. É exatamente nesse nicho que se encaixa: entre o acadêmico e o leigo”, explica Gallina. O autor completa: “À medida que o leitor vai lendo, vai adquirindo cada vez mais conhecimento.” Trata-se de uma história de 160 capítulos, divididos em quatro livros de 40 capítulos cada.
O autor
Em 1993, Sérgio Luiz Gallina estava na Feira do Livro e deparou-se com a obra ‘O Santo Graal e a Linhagem Sagrada’, de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln. Foi quando descobriu os templários (monges guerreiros). Em uma semana, leu o livro e encantou-se com a história. Começou a pesquisar o assunto e pensou em escrever um roteiro para um filme, mas logo percebeu que o espectro que tinha em mente era bem mais amplo. O projeto então passou a ser escrever um livro – logo depois, ampliado para uma trilogia –, e Gallina mergulhou na leitura do tema: foram mais de 100 livros. Também tornou-se membro da Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH), participou de encontros para estudar a Idade Média, e assistiu a inúmeros filmes (documentários e de ficção), o que tornou seu estudo eclético, fugindo do academicismo. A cada obra que lia, sublinhava as passagens que o interessava, passando os trechos assinalados depois para o computador. Com isso, juntou mais de 10 mil citações.
Quando começou a escrever, se deu conta de que a história não caberia em três livros. “Organizei minhas anotações por ordem cronológica: das 10 mil, 2 mil estão datadas, em ordem de tempo. Meu romance foi fundamentado em uma cronologia histórica, e as citações norteiam o leitor”. Dos 10 anos juntando bloquinhos e montes de papel e organizando tudo dia após dia, saíram dois bancos de dados: um com fatos históricos, outro com suas criações. “Mesclei as duas coisas e, a partir daí, construí a obra”.
Seminário
Para discutir os mais variados assuntos ligados à Idade Média, Gallina organizou o seminário ‘O Cavaleiro do Templo e a Idade Média’, com curadoria da maisQnada administração cultural e o apoio da Livraria Cultura. O evento acontece sempre na primeira quinta-feira de cada mês, às 19h30, no auditório da Livraria Cultura, com entrada franca.
Confira a programação:
- 01/out/2009: A Mulher na Idade Média - Professora Paulina Nólibos (ULBRA)
- 05/nov/2009: Arqueologia e a Idade Média - Professor Arno Kern (PUCRS)
- 03/dez/2009: O Cinema e a Idade Média - Professor José Baldissera (UNISINOS)
A música
E, para escutar músicas alusivas à Idade Média, algumas, inclusive, compostas na época, a Rádio Vinil (www.radiovinil.com.br) criou a Rádio d'O Cavaleiro do Templo. Para ouvir, basta acessar o link : http://radiovinil.softhost.com.br/tunein.php/cavelirodotemplo/playlist.asx
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
A época do trabalho
-E aí, tu me ligou ontem?
-Liguei, queria te falar da apresentação que eu fiquei de te mandar e não mandei até agora. Estou fazendo umas atualizações, mas já te mando!
- Tudo bem, sem problemas. Já falei com o responsável e ele ficou bem interessado. E daí, como tu tá? Tudo bem?
- Tudo bem, tô aqui trabalhando.
- Ah, pois é, eu também tenho que trabalhar.
- Então tá, depois a gente se fala.
-Beijos.
-Beijos.
E este foi o diálogo de duas amigas de infância e adolescência e que hoje em dia mudaram o enfoque do seu assunto. Foi a partir desta conversa, que eu tive com um amiga, que me dei conta de que a minha vida tem sido voltada ao meu trabalho e ao círculo que o envolve. Houve uma reviravolta e digamos que, hoje, eu tenho mais responsabilidade, e, em consequência, mais trabalho.
Estou adorando esta nova fase, mas às vezes cansa. Dá vontade de ficar vendo algum enlatado na TV, não para refletir, mas dar uma folga para o melão. E também dá saudade do tempo em que eu ficava em casa tomando Nescau e vendo A Caverna do Dragão. (Une!!!!) Por falar em folga, escrevo depois de um final de semana com feriado.Fui ver o (filme) Bruno. Comédia com o já conhecido humorista britânico Sacha Baron Cohen, que fez o Borat. Para quem gostou do Borat, o Bruno segue os mesmos moldes: cenas que se confundem com a realidade, em que fica difícil de distinguir se aquilo está acontecendo mesmo ou se é tudo armado. Mas dá para dar boas risadas com o personagem que tenta, de qualquer forma, chegar à fama no brilhoso mundo fashion.
-Liguei, queria te falar da apresentação que eu fiquei de te mandar e não mandei até agora. Estou fazendo umas atualizações, mas já te mando!
- Tudo bem, sem problemas. Já falei com o responsável e ele ficou bem interessado. E daí, como tu tá? Tudo bem?
- Tudo bem, tô aqui trabalhando.
- Ah, pois é, eu também tenho que trabalhar.
- Então tá, depois a gente se fala.
-Beijos.
-Beijos.
E este foi o diálogo de duas amigas de infância e adolescência e que hoje em dia mudaram o enfoque do seu assunto. Foi a partir desta conversa, que eu tive com um amiga, que me dei conta de que a minha vida tem sido voltada ao meu trabalho e ao círculo que o envolve. Houve uma reviravolta e digamos que, hoje, eu tenho mais responsabilidade, e, em consequência, mais trabalho.
Estou adorando esta nova fase, mas às vezes cansa. Dá vontade de ficar vendo algum enlatado na TV, não para refletir, mas dar uma folga para o melão. E também dá saudade do tempo em que eu ficava em casa tomando Nescau e vendo A Caverna do Dragão. (Une!!!!) Por falar em folga, escrevo depois de um final de semana com feriado.Fui ver o (filme) Bruno. Comédia com o já conhecido humorista britânico Sacha Baron Cohen, que fez o Borat. Para quem gostou do Borat, o Bruno segue os mesmos moldes: cenas que se confundem com a realidade, em que fica difícil de distinguir se aquilo está acontecendo mesmo ou se é tudo armado. Mas dá para dar boas risadas com o personagem que tenta, de qualquer forma, chegar à fama no brilhoso mundo fashion.
Estou trabalhando na divulgação de um livro muito legal (próximo post) e cheia de trabalho na Happy. Por isso, este texto vai acabar aqui. Mas, com uma pergunta: dá para trabalhar ouvindo música? Eu acho que às vezes dá e às vezes não. Mas, de qualquer forma, a pedida do momento é: The Kinks, Part one Lola VS Powerman and the moneygroundn (lola, lololololola).
O trabalho dignifica o homem, mas também deixa ele muito cansado!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
As ideias que vêm nas férias
De férias há duas semanas, estou com a minha cabeça livre durante boa parte do dia para pensar em várias coisas que às vezes não dá tempo quando se trabalha muito.
De luto pelo diploma
Durante as minhas férias, o meu diploma morreu. Não é mais tão valorizado e nem faz mais tanto sentido. Eu sempre quis fazer jornalismo porque achei que poderia publicar irregularidades e injustiças. Ledo engano, ou visão muito romântica e até adolescente da vida de jornalista. Hoje, eu sei que os textos que eu considero ideais muitas vezes serão mudados, por clientes ou editores, e que muitas vezes vou escrever sobre coisas que não têm nada a ver comigo. Esta é a arte de transformar o texto para o público que vai ler.
Um jornalista tem que ter muito preparo, pois qualquer erro pode ser fatal. Muitas pessoas vão ler o texto e muitas podem não concordar com o que está escrito, ou pior, o jornalista despreparado pode cometer erros grosseiros como errar o nome de uma fonte ou publicar alguma informação sem ter a confirmação do fato. O nosso diploma era a nossa garantia de um piso, de uma profissão séria. Agora que ele não é mais exigido por lei, os critérios de salário não serão mais os mesmos, e o piso, que já era baixo, poderá ficar mais baixo ainda.
Eu fico imaginando a tristeza das pessoas que estão cursando jornalismo, prestes a receber o diploma. O que motivaria uma pessoa a se formar sabendo que o diploma acabou de ser consideravelmente desvalorizado?
Eu fiquei muito triste com esta decisão, porém tenho que ficar aliviada com uma coisa: com essa, com certeza meus filhos não vão querer ser jornalistas! SEM explicação!
O filme para a ocasião
Já que o assunto que mais está na minha cabeça durante as minhas férias é a minha profissão, o filme também teria que ser sobre ela. A Primeira Página, de Billy Wilder, com Jack Lemmon e Walter Matthau, de 1974, é um filme muito divertido e que conta a história de um jornalista que pede demissão no mesmo dia em que a história que ele estava cobrindo teria seu desfecho. Com muitos diálogos espirituosos, é muito interessante ver o quão diferente era ser jornalista nos anos 40 e ser agora. Antigamente, se o jornalista tinha que cobrir algum evento na rua e se a notícia fosse muito boa, ele deveria ligar para o jornal, chamar um redator e ditar o texto. Hoje, temos a santa internet e o bendito seja Google. Temos mais ferramentas para conseguir informações e mais agilidade para mandá-las, pena que nosso diploma morreu.
A música para a ocasião
A primeira lembrança que eu tenho dele foi um Long Play que a Clá tinha. Lembro também de dançar alguns dos seus hits nas pistas da SAAS. Mas tenho que confessar, apesar de ser muito fã das músicas do Thriller e do Of the wall, sou mais fã ainda do Jackson Five. Então a música para a ocasião: (http://www.youtube.com/watch?v=VfJu_Bom2sA)
When I had you to myself
I didnt want you around
Those pretty faces always made you
Stand out in a crowd
Then someone picked you from the bunch
One glance was all it tookNow its much too late for meTo take second look
(chorus)
Oh baby give me one more chance
To show you that I love youWont you please send me back in your heart
Oh darlin I was blind to let you go
But now since I see you in his armsI
want you backYes I do now
I want you backOo oo babyYeah yeah....naw....
Trying to live without your love
Is one long sleepless night
Let me show you girl
That I know wrong from right
Every street you walk onI leave tear stains on the ground
Following the girlI didnt even want around
(chorus)
Abuh buh buh buhAll
I want!Abuh buh buh buh
All I need!Abuh buh buh buh.....
De luto pelo diploma
Durante as minhas férias, o meu diploma morreu. Não é mais tão valorizado e nem faz mais tanto sentido. Eu sempre quis fazer jornalismo porque achei que poderia publicar irregularidades e injustiças. Ledo engano, ou visão muito romântica e até adolescente da vida de jornalista. Hoje, eu sei que os textos que eu considero ideais muitas vezes serão mudados, por clientes ou editores, e que muitas vezes vou escrever sobre coisas que não têm nada a ver comigo. Esta é a arte de transformar o texto para o público que vai ler.
Um jornalista tem que ter muito preparo, pois qualquer erro pode ser fatal. Muitas pessoas vão ler o texto e muitas podem não concordar com o que está escrito, ou pior, o jornalista despreparado pode cometer erros grosseiros como errar o nome de uma fonte ou publicar alguma informação sem ter a confirmação do fato. O nosso diploma era a nossa garantia de um piso, de uma profissão séria. Agora que ele não é mais exigido por lei, os critérios de salário não serão mais os mesmos, e o piso, que já era baixo, poderá ficar mais baixo ainda.
Eu fico imaginando a tristeza das pessoas que estão cursando jornalismo, prestes a receber o diploma. O que motivaria uma pessoa a se formar sabendo que o diploma acabou de ser consideravelmente desvalorizado?
Eu fiquei muito triste com esta decisão, porém tenho que ficar aliviada com uma coisa: com essa, com certeza meus filhos não vão querer ser jornalistas! SEM explicação!
O filme para a ocasião
Já que o assunto que mais está na minha cabeça durante as minhas férias é a minha profissão, o filme também teria que ser sobre ela. A Primeira Página, de Billy Wilder, com Jack Lemmon e Walter Matthau, de 1974, é um filme muito divertido e que conta a história de um jornalista que pede demissão no mesmo dia em que a história que ele estava cobrindo teria seu desfecho. Com muitos diálogos espirituosos, é muito interessante ver o quão diferente era ser jornalista nos anos 40 e ser agora. Antigamente, se o jornalista tinha que cobrir algum evento na rua e se a notícia fosse muito boa, ele deveria ligar para o jornal, chamar um redator e ditar o texto. Hoje, temos a santa internet e o bendito seja Google. Temos mais ferramentas para conseguir informações e mais agilidade para mandá-las, pena que nosso diploma morreu.
A música para a ocasião
A primeira lembrança que eu tenho dele foi um Long Play que a Clá tinha. Lembro também de dançar alguns dos seus hits nas pistas da SAAS. Mas tenho que confessar, apesar de ser muito fã das músicas do Thriller e do Of the wall, sou mais fã ainda do Jackson Five. Então a música para a ocasião: (http://www.youtube.com/watch?v=VfJu_Bom2sA)
When I had you to myself
I didnt want you around
Those pretty faces always made you
Stand out in a crowd
Then someone picked you from the bunch
One glance was all it tookNow its much too late for meTo take second look
(chorus)
Oh baby give me one more chance
To show you that I love youWont you please send me back in your heart
Oh darlin I was blind to let you go
But now since I see you in his armsI
want you backYes I do now
I want you backOo oo babyYeah yeah....naw....
Trying to live without your love
Is one long sleepless night
Let me show you girl
That I know wrong from right
Every street you walk onI leave tear stains on the ground
Following the girlI didnt even want around
(chorus)
Abuh buh buh buhAll
I want!Abuh buh buh buh
All I need!Abuh buh buh buh.....
domingo, 7 de junho de 2009
O romantismo e a pieguice
Muitas das minhas amigas dizem que eu sou a última romântica, e ser romântico hoje em dia é meio complicado, a linha entre a pieguice (leia-se também breguice) e o romantismo é muito tênue. Casar na igreja para maioria é uma tradição dos tempos da mãe ou até da avó. No meu caso, posso dizer que acho mais divertido ser assim. Gosto de ver comédias românticas dos anos 40 e 50, com a Katherine Hepburn, tipo a Costela de Adão e a Mulher do Dia. São filmes leves, que sempre tem um final feliz e um humor irônico.
Eu também gosto de ouvir musiquinhas de mulher de vez em quando, como Marisa Monte, mas é claro que o rock and roll do Sex Pistols é necessário, assim como o romantismo. Uma vez eu estava indo para o trabalho e ouvi a música Illusion, que é um dueto da cantora mexicana Julieta Venegas com a Marisa Monte. Bah, cheguei no trabalho e fiquei com a música na cabeça. Procurei a música no Google e passei o resto do dia, e da semana, cantando. O Zé não aguentava mais. Ser romântico é sempre ter uma visão otimista das coisas (às vezes até meio ingênua), mas ter essa visão otimista, pode acreditar, é mais divertido. Mas muitos coraçãozinhos e Beatles irritam as pessoas que acham que o mundo não é cor de rosa e essa coisa melosa não é real.
Eu li um texto em que a autora, que tem 20 e poucos anos, disse que dia desses teve um ataque de mulherzinha e decidiu fazer um novo corte de cabelo e começar a fazer exercícios. Aí eu respondi perguntado se ela achava que as mulheres tinham este tipo de ataque, pois sentem mais necessidade de estarem de bem consigo mesmas, querem agradar o namorado ou ainda ser melhor que as outras mulheres? Complexo né...
Eu acho que é um pouco de tudo e toda mulher tem. Atenção: este texto pode ter apresentado algumas referências extremamente piegas, mas eu avisei: ser romântico é complicado, pode parecer cafonice.
Eu também gosto de ouvir musiquinhas de mulher de vez em quando, como Marisa Monte, mas é claro que o rock and roll do Sex Pistols é necessário, assim como o romantismo. Uma vez eu estava indo para o trabalho e ouvi a música Illusion, que é um dueto da cantora mexicana Julieta Venegas com a Marisa Monte. Bah, cheguei no trabalho e fiquei com a música na cabeça. Procurei a música no Google e passei o resto do dia, e da semana, cantando. O Zé não aguentava mais. Ser romântico é sempre ter uma visão otimista das coisas (às vezes até meio ingênua), mas ter essa visão otimista, pode acreditar, é mais divertido. Mas muitos coraçãozinhos e Beatles irritam as pessoas que acham que o mundo não é cor de rosa e essa coisa melosa não é real.
Eu li um texto em que a autora, que tem 20 e poucos anos, disse que dia desses teve um ataque de mulherzinha e decidiu fazer um novo corte de cabelo e começar a fazer exercícios. Aí eu respondi perguntado se ela achava que as mulheres tinham este tipo de ataque, pois sentem mais necessidade de estarem de bem consigo mesmas, querem agradar o namorado ou ainda ser melhor que as outras mulheres? Complexo né...
Eu acho que é um pouco de tudo e toda mulher tem. Atenção: este texto pode ter apresentado algumas referências extremamente piegas, mas eu avisei: ser romântico é complicado, pode parecer cafonice.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Diferenças
Semana passada fui ao jogo do Brasil com dois colorados. O Zé e o Alemão (irmão do Zé). Eu fui devidamente fardada com a camisa do tricolor, e eles com as vestimentas do time de vermelho. Antes de entrar no estádio que fica na beira do rio, o Zé achou melhor eu colocar o casaco para evitar qualquer tipo de provocação. Mas, na medida em que a gente ia caminhando, dava para perceber que os gremistas transitavam em paz em meio aos colorados.
Muitas amigas minhas não entendem a paixão que eu tenho pelo Grêmio. Vou tentar explicar. Meu pai queria muito ter um guri, afinal, eu sou a filha caçula, e antes de mim vieram duas mulheres. Então, quando eu nasci, ele ficou muito feliz, claro, mas me incentivou desde pequena a ir ao estádio e torcer pelo imortal. Ele chegou a pintar a passarela do prédio de azul para me esperar chegar da maternidade. Quando eu tinha uns quatro anos, ele me levou para o Olímpico Monumental em um dia que fazia quase 40º. O resultado foram uns três banhos de torneira e cada vez que ele ia me levar no banheiro, era gol do Grêmio. Meu pai foi alimentando a minha relação com o Grêmio, mas basta ir ao estádio lotado, e ver a torcida gritando e rezando pelo mesmo objetivo, que o meu amor pelo Grêmio foi aumentando e, hoje, nada pode ser maior (em relação ao futebol).
A Clá, minha irmã, sempre foi minha parceira de jogos, e tinha uma época que independente do resultado a gente voltava a pé do Olímpico para casa. Uma vez passamos pela Goethe lotada de colorados comemorando a vitória em um Grenal.
Tenho uma combinação com uma amiga minha, a Mari, nós estamos proibidas de falar em Grêmio e Inter. Essa combinação é antiga, surgiu lá pela sexta série, na época o Grêmio estava em um momento melhor, mas torcedoras como nós somos, é melhor evitar a discussão para manter a amizade. A mesma coisa acontece no meu casamento, o melhor é não comentar muito, já que ele é muito colorado e eu muito gremista.
Ontem, eu não fui no Grenal. Só deixei o Zé no estádio da beira do rio e fui torcer para o meu time em uma pastelaria que tem ali na minha rua. Quando faltavam cinco minutos para o final do jogo e o meu time estava perdendo, saí cabisbaixa para buscar o Zé e tive que me deparar com os colorados buzinando, gritando e cantando. Mas, tudo bem, quem conhece futebol sabe, é só uma fase. Aproveitem.
Muitas amigas minhas não entendem a paixão que eu tenho pelo Grêmio. Vou tentar explicar. Meu pai queria muito ter um guri, afinal, eu sou a filha caçula, e antes de mim vieram duas mulheres. Então, quando eu nasci, ele ficou muito feliz, claro, mas me incentivou desde pequena a ir ao estádio e torcer pelo imortal. Ele chegou a pintar a passarela do prédio de azul para me esperar chegar da maternidade. Quando eu tinha uns quatro anos, ele me levou para o Olímpico Monumental em um dia que fazia quase 40º. O resultado foram uns três banhos de torneira e cada vez que ele ia me levar no banheiro, era gol do Grêmio. Meu pai foi alimentando a minha relação com o Grêmio, mas basta ir ao estádio lotado, e ver a torcida gritando e rezando pelo mesmo objetivo, que o meu amor pelo Grêmio foi aumentando e, hoje, nada pode ser maior (em relação ao futebol).
A Clá, minha irmã, sempre foi minha parceira de jogos, e tinha uma época que independente do resultado a gente voltava a pé do Olímpico para casa. Uma vez passamos pela Goethe lotada de colorados comemorando a vitória em um Grenal.
Tenho uma combinação com uma amiga minha, a Mari, nós estamos proibidas de falar em Grêmio e Inter. Essa combinação é antiga, surgiu lá pela sexta série, na época o Grêmio estava em um momento melhor, mas torcedoras como nós somos, é melhor evitar a discussão para manter a amizade. A mesma coisa acontece no meu casamento, o melhor é não comentar muito, já que ele é muito colorado e eu muito gremista.
Ontem, eu não fui no Grenal. Só deixei o Zé no estádio da beira do rio e fui torcer para o meu time em uma pastelaria que tem ali na minha rua. Quando faltavam cinco minutos para o final do jogo e o meu time estava perdendo, saí cabisbaixa para buscar o Zé e tive que me deparar com os colorados buzinando, gritando e cantando. Mas, tudo bem, quem conhece futebol sabe, é só uma fase. Aproveitem.
terça-feira, 31 de março de 2009
Sobre o Pó de parede
Eu queria ler mais do que eu tenho lido. A questão é que eu passo o dia inteiro fazendo textos e mais textos para empresas, e à noite, quando eu chego em casa, só dá vontade de apertar o botão do desliga, ou seja, ligar a TV e assistir alguma série bem enlatada. Também é bom chegar e ver um bom filme, mas confesso que não consigo passar dos primeiros trinta minutos e logo caio no sono. Existe uma lista de mais de 50 filmes que eu só vi pela metade, não foi por que o filme era ruim, muito pelo contrário, mas eu simplesmente não conseguia ficar com os olhos abertos.
Ta, mas tudo isso foi para dizer que um dos melhores livros que li nos últimos tempos, durante o Carnaval, que foi chuvoso mas bom para colocar a leitura em dia, foi o Pó de parede. Primeiro livro da Carol Bensimon, uma guria muito legal que tem o dom da escrita como poucos desta nova geração de escritores gaúchos. O livro é dividido em três contos, que, com alguns toques irônicos e personagens muito particulares, têm em comum uma melancólica visão da passagem da adolescência para a vida adulta, mas sem ser clichê. A Caixa, a primeira história, é a minha preferida. Os personagens são a Alice e o Tomás, pré-adolescentes que pensam ser diferentes dos seus colegas. Alice mora numa casa diferente, que foi desenhada por um arquiteto que pensava além do seu tempo. A casa de formas modernas é motivo de comentários entre os vizinhos, que a chamam, de maneira irônica, de "A Caixa”.
“Como a casa dos Larsen estava abandonada desde o ano anterior, as folhas secas cobrindo o caminho até a porta, o que Tomás fez foi tirar uma tábua e passar pela janela quebrada, vendo então com raiva ao chegar lá dentro que outros já haviam estado ali, que haviam trazido garrafas e cigarros cujos restos amarelados lembravam confetes num final de festa, que haviam assinado seus nomes nas paredes e desenhado corações, o spray amador levemente escorrido em vermelho. O cheiro de lugar fechado, de coisa molhada e esquecida, bem marcava a tragédia dos Larsen. Tomás colocou a tábua no lugar e acendeu a lanterna. Fez o feixe de luz dançar pelas paredes até que cruzasse com a presença melancólica de uma poltrona rasgada, bem no meio da sala vazia. Não lembrava dela, mas por que os Larsen teriam deixado uma poltrona para trás?, com aquela postura aristocrática e perturbadora de qualquer coisa imitando o século dezenove. Subiu as escadas e, à medida que subia, sentia menos a presença dos invasores e mais a sua própria e também a dos Larsen. Subiu até o sótão e as tábuas rangiam e a janela estava difícil de abrir, mas cedeu num estalar de vencida. A melhor maneira de ver todo o bairro era mesmo a partir do topo do dois-cinco-um, como agora Tomás lembrava de ter feito com Alice tantas vezes e tantos anos antes, e olhando assim reencontrou primeiro as sombras dos jacarandás esticadas na calçada e logo mais a fila de casas adormecidas com seus sacos pretos de lixo à espera. Tomás sentou como sentava nas outras vezes, na beirada da janela e com a boa sensação de ter as pernas no ar. Tudo ainda se parecia. Nos pátios, lá estavam as piscinas, agora sem razão porque as crianças já haviam crescido. Os carros diminuíram de tamanho com os anos, mas os telhados ainda eram pontudos e com chaminés, mesmo que nunca fizesse tanto frio. Como em desenhos infantis.”
Ta, mas tudo isso foi para dizer que um dos melhores livros que li nos últimos tempos, durante o Carnaval, que foi chuvoso mas bom para colocar a leitura em dia, foi o Pó de parede. Primeiro livro da Carol Bensimon, uma guria muito legal que tem o dom da escrita como poucos desta nova geração de escritores gaúchos. O livro é dividido em três contos, que, com alguns toques irônicos e personagens muito particulares, têm em comum uma melancólica visão da passagem da adolescência para a vida adulta, mas sem ser clichê. A Caixa, a primeira história, é a minha preferida. Os personagens são a Alice e o Tomás, pré-adolescentes que pensam ser diferentes dos seus colegas. Alice mora numa casa diferente, que foi desenhada por um arquiteto que pensava além do seu tempo. A casa de formas modernas é motivo de comentários entre os vizinhos, que a chamam, de maneira irônica, de "A Caixa”.
“Como a casa dos Larsen estava abandonada desde o ano anterior, as folhas secas cobrindo o caminho até a porta, o que Tomás fez foi tirar uma tábua e passar pela janela quebrada, vendo então com raiva ao chegar lá dentro que outros já haviam estado ali, que haviam trazido garrafas e cigarros cujos restos amarelados lembravam confetes num final de festa, que haviam assinado seus nomes nas paredes e desenhado corações, o spray amador levemente escorrido em vermelho. O cheiro de lugar fechado, de coisa molhada e esquecida, bem marcava a tragédia dos Larsen. Tomás colocou a tábua no lugar e acendeu a lanterna. Fez o feixe de luz dançar pelas paredes até que cruzasse com a presença melancólica de uma poltrona rasgada, bem no meio da sala vazia. Não lembrava dela, mas por que os Larsen teriam deixado uma poltrona para trás?, com aquela postura aristocrática e perturbadora de qualquer coisa imitando o século dezenove. Subiu as escadas e, à medida que subia, sentia menos a presença dos invasores e mais a sua própria e também a dos Larsen. Subiu até o sótão e as tábuas rangiam e a janela estava difícil de abrir, mas cedeu num estalar de vencida. A melhor maneira de ver todo o bairro era mesmo a partir do topo do dois-cinco-um, como agora Tomás lembrava de ter feito com Alice tantas vezes e tantos anos antes, e olhando assim reencontrou primeiro as sombras dos jacarandás esticadas na calçada e logo mais a fila de casas adormecidas com seus sacos pretos de lixo à espera. Tomás sentou como sentava nas outras vezes, na beirada da janela e com a boa sensação de ter as pernas no ar. Tudo ainda se parecia. Nos pátios, lá estavam as piscinas, agora sem razão porque as crianças já haviam crescido. Os carros diminuíram de tamanho com os anos, mas os telhados ainda eram pontudos e com chaminés, mesmo que nunca fizesse tanto frio. Como em desenhos infantis.”
Quem quiser saber mais sobre o Pó de parede e outros livros muito legais da Não Editora pode acessar o site: www.naoeditora.com.br
terça-feira, 24 de março de 2009
Sessão da tarde
Teve gente que disse que as minhas referências foram um tanto quanto cabeças. Ta, ta, Truffaut e Vittorio De Sica podem ter causado essa impressão. A verdade é que muito conhecimento cinematográfico que eu tenho hoje eu devo ao meu excelentíssimo. Mas, antes dele, ou bem antes dele, confesso que minhas tardes eram regadas aos clássicos da sessão da tarde, em que a Molly Ringwald era a protagonista de quase todos os filmes. Fiz uma pequena lista dos filmes que, na época, gravei em VHS e que serão lembrados para sempre como clássicos de toda uma geração:
- Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's Day Off, 1986)
- Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's Day Off, 1986)
quinta-feira, 19 de março de 2009
COM vontade de escrever
Queria muito escrever. Comecei a ter ideias e mais ideias sobre um filme que acabei de ver, This Property Is Condemned (Esta mulher é proibida), de 1967, com direção do Sydney Pollack e roteiro do Copolla, e que tem como protagonista a Natalie Wood. O filme me encantou pela história simples, mas muito bem construída. Gosto de histórias de cidades do interior. Também fiquei com vontade de escrever sobre uma banda que conheci há pouco tempo, o MGMT. As pessoas mais descoladas vão dizer que não foi nenhuma descoberta e que essa novidade já é antiga, pois o disco da dupla americana do Brooklyn foi um dos mais elogiados de 2008.
Também queria muito registrar a minha decepção com o Slum Dog Millionare (Quem quer ser Milionário?). Para mim, a oscarizada e elogiada fábula nada mais é do que um filme de bollywood com cara de novela brasileira, com muitas referências clichês e forçação de barra (suco de graviola, com cor de limão e gosto de tamarindo). Muito forçado em muitos sentidos. Só valeu a pena pagar o ingresso para ver a atuação do menino que fez a primeira versão do protagonista do filme. Criança é muito sincera, e quando sabe interpretar, então, vira a atração principal, como no maravilhoso Ladrões de Bicicletas, do Vittorio De Sica, O Garoto, do Charles Chaplin e Os incompreendidos do Truffaut.
Mas, foi quando eu ouvi a música Because the night, da Pati Smith (http://www.youtube.com/watch?v=uoGdx3I3dPE), que eu me decidi. Procurei um papel, uma caneta, sentei na mesa e comecei a escrever. Na TV estava passando Friends (Aquele que o Joe procura por uma gostosa no prédio do lado). Comecei a pensar no nome que este blog poderia ter, mas todo o nome que vinha na minha cabeça parecia que já existia ou dava a impressão de ser pretensioso, enfim, estava um pouco SEM inspiração para um nome. Eu não queria ficar SEM meu blog, então uni o útil ao agradável e deixei o blog SEM nome.
Também queria muito registrar a minha decepção com o Slum Dog Millionare (Quem quer ser Milionário?). Para mim, a oscarizada e elogiada fábula nada mais é do que um filme de bollywood com cara de novela brasileira, com muitas referências clichês e forçação de barra (suco de graviola, com cor de limão e gosto de tamarindo). Muito forçado em muitos sentidos. Só valeu a pena pagar o ingresso para ver a atuação do menino que fez a primeira versão do protagonista do filme. Criança é muito sincera, e quando sabe interpretar, então, vira a atração principal, como no maravilhoso Ladrões de Bicicletas, do Vittorio De Sica, O Garoto, do Charles Chaplin e Os incompreendidos do Truffaut.
Mas, foi quando eu ouvi a música Because the night, da Pati Smith (http://www.youtube.com/watch?v=uoGdx3I3dPE), que eu me decidi. Procurei um papel, uma caneta, sentei na mesa e comecei a escrever. Na TV estava passando Friends (Aquele que o Joe procura por uma gostosa no prédio do lado). Comecei a pensar no nome que este blog poderia ter, mas todo o nome que vinha na minha cabeça parecia que já existia ou dava a impressão de ser pretensioso, enfim, estava um pouco SEM inspiração para um nome. Eu não queria ficar SEM meu blog, então uni o útil ao agradável e deixei o blog SEM nome.
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