segunda-feira, 6 de abril de 2009

Diferenças

Semana passada fui ao jogo do Brasil com dois colorados. O Zé e o Alemão (irmão do Zé). Eu fui devidamente fardada com a camisa do tricolor, e eles com as vestimentas do time de vermelho. Antes de entrar no estádio que fica na beira do rio, o Zé achou melhor eu colocar o casaco para evitar qualquer tipo de provocação. Mas, na medida em que a gente ia caminhando, dava para perceber que os gremistas transitavam em paz em meio aos colorados.

Muitas amigas minhas não entendem a paixão que eu tenho pelo Grêmio. Vou tentar explicar. Meu pai queria muito ter um guri, afinal, eu sou a filha caçula, e antes de mim vieram duas mulheres. Então, quando eu nasci, ele ficou muito feliz, claro, mas me incentivou desde pequena a ir ao estádio e torcer pelo imortal. Ele chegou a pintar a passarela do prédio de azul para me esperar chegar da maternidade. Quando eu tinha uns quatro anos, ele me levou para o Olímpico Monumental em um dia que fazia quase 40º. O resultado foram uns três banhos de torneira e cada vez que ele ia me levar no banheiro, era gol do Grêmio. Meu pai foi alimentando a minha relação com o Grêmio, mas basta ir ao estádio lotado, e ver a torcida gritando e rezando pelo mesmo objetivo, que o meu amor pelo Grêmio foi aumentando e, hoje, nada pode ser maior (em relação ao futebol).

A Clá, minha irmã, sempre foi minha parceira de jogos, e tinha uma época que independente do resultado a gente voltava a pé do Olímpico para casa. Uma vez passamos pela Goethe lotada de colorados comemorando a vitória em um Grenal.
Tenho uma combinação com uma amiga minha, a Mari, nós estamos proibidas de falar em Grêmio e Inter. Essa combinação é antiga, surgiu lá pela sexta série, na época o Grêmio estava em um momento melhor, mas torcedoras como nós somos, é melhor evitar a discussão para manter a amizade. A mesma coisa acontece no meu casamento, o melhor é não comentar muito, já que ele é muito colorado e eu muito gremista.

Ontem, eu não fui no Grenal. Só deixei o Zé no estádio da beira do rio e fui torcer para o meu time em uma pastelaria que tem ali na minha rua. Quando faltavam cinco minutos para o final do jogo e o meu time estava perdendo, saí cabisbaixa para buscar o Zé e tive que me deparar com os colorados buzinando, gritando e cantando. Mas, tudo bem, quem conhece futebol sabe, é só uma fase. Aproveitem.

7 comentários:

  1. Aproveitamos mesmo, Nênis, mas ao que parece essa fase vai durar mais do que vocês imaginavam. Sem corneta pós-clássico, o que eu penso é que hoje NÓS COLORADOS vamos mais tranquilos ao estádio, o que não acontecia nos anos 90 e início dos 2000, quando o coirmão levantava taças (algumas que não tínhamos até a pouco), nos ganhava mais do que perdia e vendia caro suas derrotas. OCOLORADO era mero coadjuvante nos torneios mais importantes, até alguns de NÓS acreditavam que nunca mais iríamos conseguir montar um TIME COMPETITIVO de novo. Hoje, o negócio mudou totalmente: mesmo quando as expectativas são frustradas (Libertadores/2007, Brasileirão/2008) ninguém se desespera, pois sabe que quando o INTER chega pra decidir não perde - a única decisão (tô falando do jogo final, excluem-se aqui eliminações em fases anteriores) que não ganhamos na gestão CARVALHO/PÍFFERO foi o Gauchão de 2007, que o Mano nos levou em pleno GIGANTE (e ainda assim não perdemos os jogos). No mais, são 11 finais e 10 TÍTULOS. O que eu vejo de diferente da situação de vocês agora pra nossa de uns anos atrás é que o INTER antes era de uma pobreza de dar dó, enquanto o Grêmio atualmente tem chegado - vice da Libertadores/2007, vice do Brasileiro/2008, na Libertadores de novo este ano (e com o COLORADO fora no seu CENTENÁRIO). Então, a coisa não é tão ruim pro lado de vocês agora como era pra NÓS quando vocês ganhavam. Mas uma coisa é certa: o COLORADO - assim como o São Paulo - chegou ao topo pra ficar. Não tem mais volta. E não é palpite de COLORADO, é a realidade: o CLUBE é bem administrado, tem superávit, uma GURIZADA de GRANDE TALENTO só esperando a sua hora chegar (WALTER, LÉO, MARQUINHOS, TALES, TALES CUNHA, ...) - aqui, treinadores que humilha promessas de craque são demitidos pela TORCIDA -, JOGADORES pra vender por uma boa grana, o que permitirá ao TIME continuar sendo competitivo (mesmo que alguns cartolas metam a mão numa "beirada"), ... enfim, visão de futuro.
    Bêzzu, Zézis - e parabéns, a primeira providência, pelo menos, foi tomada: o Roth saiu (espero que sequer cogitem de sua contratação algum dia no BEIRA-RIO, onde gostam muito dele).

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  2. Sil,

    Linda sua estória.
    Finalmente entendi que vc é fanática sim, mas pelo amor que tem ao Gaymio -ops Grêmio- e não por uma simples "modinha". E eu, apesar de não ser fanática pelo meu time COLORADO, estou amandoooo a fase.
    Obrigada e beijocas Jo

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  3. Silvana,

    sempre com as tuas estórias que me emocionam... Adorei!

    Bjo
    Débora

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  4. Bem,
    Segue que a história continua.
    Sou obrigado a olhar pra triste cara do fanático do meu porteiro, o cara é o clássico sofredor. Mas como "quase" todos os gremistas é muito gente fina. Pobre porteiro. Diz ele que o que resta é confiar na existência, pra isso e pra outras coisas ...........
    Tão muito bons esses post´s.
    Valeu, Dé

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  5. Oi Sil!
    Vim dar uma espiadinha no teu blog.
    :)
    Lembra que a gente discutia no Já por causa da dupla Grenal? hshshshs Não tem explicação, ainda hoje, quando vejo, por algum motivo, já estou discutindo com um gremista. Depois, paro e penso: que bobagem... Mas é mais forte do que eu.
    No meu casamento acontece a mesma coisa, mas inverso. Ele gremista e eu colorada.
    Já meu pai, coitado, que era gremista, teve que ver 3 dos 4 filhos virarem a casaca. Sim, eu fui gremista até os cinco anos de idade.
    :)
    Beijão!

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  6. Sil, cadê a atualização?
    bom, tu sabes que eu não dou a mínima pra futebol né hehehe. Mas respeito.
    To esperando tua visita nos meus blogs! :P

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  7. Para todos os "fanáticos" como nós.

    GRÊMIO campeão do GRENAL centenário!

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